Quem conhece a Quarta Colônia sabe da riqueza que a região tem quando se fala em cultura, gastronomia, turismo, educação e pesquisa. Se hoje ela se destaca no cenário nacional pelo potencial destes setores, é graças a uma iniciativa de 25 anos atrás. Foi em 1996, quando os gestores de nove municípios (veja quadro quais são) resolveram se unir em busca do crescimento conjunto da região. Surgiu então o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável (Condesus) Quarta Colônia.
– O Condesus vem crescendo e se envolvendo em projetos regionais para qualificação em setores como agroindústria, turismo e agricultura. Ele tomou um rumo muito grande no desenvolvimento da Quarta Colônia, principalmente no turismo. Com isso, fomos vistos pelos governos do Estado e federal como um potencial para alavancar o setor aqui na nossa região. Desde 2003, trabalhamos uma série de projetos que perduram até hoje. Um deles é a paleontologia, que é carro-chefe do desenvolvimento, ligado à alimentação, ao turismo, à gastronomia regional (italiana, portuguesa e alemã), à agroindústria, ao setor de hortifrutigranjeiros e às lavouras da região – conta a secretária executiva da entidade, Valserina Gassen.
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PROJETO GEOPARQUEO projeto Geoparque Quarta Colônia é uma iniciativa do Condesus junto da UFSM para a singularidade da implementação e coordenação da proposta de geoparque no território da Quarta Colônia. Ele visa novas alternativas para a economia regional, de forma sustentável, por meio da conservação do patrimônio natural e cultural, da educação para o meio ambiente, incentivo à geração de renda através de iniciativas privadas, bem como ao turismo local.– É uma conquista de apropriação do conhecimento, da capacitação da comunidade, da formação acadêmica, da pesquisa, da extensão, da intervenção e da articulação junto ao poder público local, entidades e sociedade civil organizada. Neste momento, em que o Condesus completa 25 anos, fico honrada por ver coroado o êxito do trabalho feito, quando todos os municípios, cada vez mais querem se engajar nos assuntos do consórcio da Quarta Colônia – avalia Valserina.
ASPIRANTE UNESCOO Condesus e a UFSM estão trabalhando na formatação dos requisitos necessários para que o Geoparque Quarta Colônia tenha certificação da Unesco. Uma Carta de Intenções do projeto Geoparque Quarta Colônia foi enviada ao órgão para que a região tenha esse reconhecimento. O fato de a região já ter uma estrutura formatada, como rota turística, gastronômica, cultural, de educação e pesquisa, permite que essa certificação possa ocorrer.Através da apropriação do conceito de geoparque pela comunidade, da capacitação de profissionais e microempreendedores, da pesquisa, da extensão, da memória cultural e da articulação das entidades que fazem parte da gestão da proposta do Geoparque Quarta Colônia, da universidade junto ao poder público local, entidades e sociedade civil organizada, a proposta vem se tornando a cada ano mais próxima de se concretizar efetivamente como um Geoparque Mundial da Unesco.
– É um projeto muito grande, onde o nosso geoparque será avaliado para a certificação. Se isso ocorrer, poderemos usar este selo Unesco em todos nossos empreendimentos. Será uma forma de reconhecimento e impulsionar os setores econômicos da Quarta Colônia – avalia a secretária executiva Valserina Gassen.
PALEONTOLOGIAO Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica (Cappa) está instalado em São João do Polêsine, região onde há uma riqueza de fósseis do período Triássico, como vertebrados, invertebrados, plantas e icnofósseis. Desde 2010, o Cappa faz parte da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e, quando inaugurado, em 2013, passou a funcionar efetivamente como órgão suplementar do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE). O local tem a missão de mapear novos sítios fossilíferos, monitorar os locais já conhecidos, coletar e salvaguardar fósseis de vertebrados e plantas, além dar apoio ao desenvolvimento da pesquisa nas áreas de paleontologia e geologia, bem como áreas relacionadas interessadasem atuar nos sítios fossilíferos da Quarta Colônia.Este centro destina-se à atividade acadêmico/científica e à divulgação da paleontologia em nível regional, estadual, nacional e internacional, além de importante equipamento para a estruturação de um geoparque para a região.
FORMAM O CONSÓRCIO
Agudo
Dona Francisca
Faxinal do Soturno
Ivorá
Nova Palma
Pinhal Grande
Restinga Sêca
São João do Polêsine
Silveira Martins